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Google anuncia apoio à imprensa, mas refuta ideia de remunerar veículos jornalísticos

Trata-se do Programa de Crescimento Digital. A partir de ferramentas do próprio Google, como playbooks, exercícios interativos, workshops digitais e laboratórios gratuitos, a ideia é capacitar empresas jornalísticas e profissionais de imprensa para a transição ao mundo digital.



Braço do Google que desde 2018 oferece apoio a empresas de notícias e jornalistas, a Google News Initiative (GNI) anunciou nesta quinta (17) mais uma ação para ajudar organizações de imprensa de pequeno e médio portes na expansão de seus negócios digitais.

Trata-se do Programa de Crescimento Digital. A partir de ferramentas do próprio Google, como playbooks, exercícios interativos, workshops digitais e laboratórios gratuitos, a ideia é capacitar empresas jornalísticas e profissionais de imprensa para a transição ao mundo digital.

O programa tem como base cinco tópicos: desenvolvimento de audiência, monetização de audiência, monetização de publicidade, dados e produto.  Gratuita e online, a iniciativa está disponível em 10 idiomas, incluindo o português. Para participar, basta fazer um cadastro no site da GNI até o início de outubro.

À exceção dos workshops, que seguirão um calendário específico, os participantes terão autonomia com relação aos horários das atividades e ao tempo de conclusão. 

Para tirar o projeto do papel, a GNI contou com a colaboração de associações de notícias, incluindo INMA, Local Media Association e WAN-IFRA.

Capacitação sim, remuneração não - Também nesta quinta, o Google apresentou argumentos contrários à ideia de que empresas de internet devem remunerar veículos jornalísticos pelo uso de seus conteúdos. A proposta ganha fôlego em diferentes países, incluindo o Brasil. Para refutá-la, a gigante digital alegou que sua receita com publicidade em conteúdos jornalísticos é baixa.


No Brasil, o valor gerado em 2019 a partir dos AdWords nas buscas por notícias teria sido de apenas US$ 4 milhões. A maior parte do faturamento do Google viria de "pesquisas com intenções de compra". Exemplo: quando você quer comprar um tênis de corrida, digita essas palavras na busca e depois clica em um anúncio


Ainda de acordo com o Google, buscas relacionadas a notícias representaram somente 1,5% do total de pesquisas feitas através do Google no Brasil em 2019. 

A empresa ressaltou que os resultados da busca são determinados pela relevância, de modo que não é possível pagar para ser incluído nos resultados orgânicos. 


Por esse motivo o Google alega não pagar os produtores de notícia, mesmo quando as pessoas clicam em seus links em um resultado de pesquisa. 


Publicado originalmente no Portal da Imprensa em 17/09/2020

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